Se você acha que a comparação com o clássico
faroeste “Sete Homens e um Destino” (EUA, 1960) é, no mínimo, prematura, pense
duas vezes, ou sete!
Mercenários das Galáxias, visto hoje, por olhos
acostumados com os efeitos especiais de “Avatar” (EUA, 2009), ou com batalhas
épicas no espaço, como a do Star Trek de J. J. Abrams, pode parecer medíocre e
ultrapassado, pelos efeitos especiais antiquados e figurinos dignos de passistas
de escolas de samba cariocas, mas, para um filme lançado há mais de 30 anos, no
começo dos maravilhosos anos 80, o termo “cult” se adequa a ele com força
total.
A trama de Mercenários das Galáxias segue os mesmos passos do já citado “Sete
Homens e um Destino”: o vilão Sador (John Saxon – canastrão ao extremo), possui
uma nave imbatível, que escraviza planetas e seus habitantes. Chegando ao
pacífico planeta Akir (homenagem ao diretor japonês Akira Kurosawa), ele tenta
fazer a população refém de seus desígnios, exigindo sua colheita, com a garantia
que o medo se encarregará de tudo. Mas, eis que um jovem fazendeiro, Shad
(Richard Thomas, em interpretação esquecível) parte a bordo de uma velha nave Corsária, para recrutar mercenários a fim de salvar seu planeta.
A equipe – alguns convencidos a duras penas – é
formada por: Gelt (o saudoso Robert Vaughn, de Sete Homens e um Destino!), um guerreiro
experiente, que aceita a missão somente para se esconder das autoridades que o
perseguem; Cowboy do Espaço (o já falecido Robert Peppard, do original
“Esquadrão Classe A”), um terráqueo, natural do estado norte-americano do Texas;
Exmin (Sybil Danning, de “Aeroporto 79 – O Concorde”), pertencente a uma raça
guerreira chamada de “Valquírias”; Nestor (Earl Boen, John Goen e outros), uma
raça de clones inteligentes que formam um único ser; Nanelia (Darlanne Fluegel,
a esposa de Stallone em “Condenação Brutal”), a filha do fabricante de armas,
Doutor “Hephaestus”; e Cayman, da Zona Lambda (Morgan Woodward, ator mais
voltado a séries de TV, como Dallas), um membro de uma raça de répteis e
mercador de escravos.
Nas mãos do inexpressivo diretor Jimmy T. Murakami,
com produção de Roger Corman, Mercenários das Galáxias pode ter um quê de amadorismo nas
caracterizações de alguns personagens, como o Cowboy, com todos os maneirismos
e gracejos tipicamente americanos, mas pode se vangloriar pela trama, que
envolve o espectador de maneira positiva, com todos torcendo que o vilão
canastrão tenha seu fim merecido.
Duas curiosidades: James Horner, responsável por
trilhas de outros clássicos dos Anos 80, como “Comando Para Matar”,
também assina a trilha desta produção; o, na época, iniciante diretor James
Cameron (Avatar, O Exterminador do Futuro) estava a cargo dos “efeitos
especiais” de Mercenários das Galáxias.
Mercenários das
Galáxias (Battle Beyond the Stars, EUA, 1980). Elenco: Richard Thomas, John
Saxon e Robert Vaughn. Direção: Jimmy T. Murakami.
TRAILER
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